O outsourcing nearshore tem-se afirmado como uma estratégia cada vez mais adoptada por empresas que procuram optimizar as suas operações IT. No entanto, continuam a existir ideias erradas que impedem muitas organizações de aproveitar todo o seu potencial.
Com mais de 25 anos de experiência em consultoria e serviços IT, a Syone testemunhou de perto o impacto transformador das parcerias nearshore.
Vamos explorar os mitos mais comuns sobre o nearshore e revelar as realidades que o tornam uma escolha estratégica para empresas de todas as dimensões.
Mito #1: Nearshore, Offshore… É tudo outsourcing, certo?
É comum confundir nearshore com offshore. Mas há diferenças claras:
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Proximidade geográfica: Nearshore refere-se a parcerias com equipas em países vizinhos; offshore a localizações mais distantes. Por exemplo, uma empresa dos EUA a colaborar com uma equipa no Canadá está a fazer nearshore — com a Índia seria offshore.
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Alinhamento de fusos horários: O nearshore permite colaboração em tempo real. O offshore, devido às diferenças horárias, pode provocar atrasos na comunicação.
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Afinidade cultural: Parceiros nearshore tendem a partilhar valores e práticas empresariais semelhantes, o que reduz mal-entendidos e melhora a eficiência dos projectos.
A localização estratégica da Syone em Portugal oferece todas as vantagens do modelo nearshore para clientes europeus: proximidade, eficácia e custos optimizados.
Ainda tens dúvidas sobre as diferenças entre Nearshore, Onshore e Offshore?
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Mito #2: Barreiras de comunicação são inevitáveis
Acreditar que as diferenças linguísticas e culturais dificultam o sucesso das parcerias nearshore é um erro. Eis porquê:
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Elevada proficiência linguística: Portugal, por exemplo, está consistentemente entre os países com melhor inglês na Europa, segundo o EF English Proficiency Index.
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Alinhamento cultural: Valores de trabalho semelhantes garantem uma colaboração mais fluida, especialmente entre parceiros europeus e clientes do Reino Unido ou dos EUA.
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Ferramentas modernas: Plataformas como Slack, Teams ou Jira eliminam obstáculos e asseguram uma comunicação contínua.
Exemplo prático:
Gestor de projecto (UK): “Precisamos de ajustar o calendário do lançamento da plataforma de e-commerce. Podemos discutir amanhã?”
Developer nearshore (Portugal): “Claro! Já revi os marcos do projecto e tenho sugestões. Reunimos às 14h GMT?”
Gestor de projecto (UK): “Perfeito. Já envio o convite!”
Boas práticas para uma comunicação eficaz:
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Define protocolos claros desde o início
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Realiza videochamadas regulares
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Promove actualizações frequentes e feedback contínuo
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Utiliza ferramentas de gestão de tarefas com total transparência
Mito #3: A qualidade do trabalho é inferior
Nada mais longe da verdade. O nearshore está hoje na linha da frente da inovação e qualidade tecnológica:
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Ecossistemas tecnológicos em expansão: Portugal é um exemplo disso, com Lisboa a acolher o Web Summit e a atrair talento global.
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Força de trabalho qualificada: Segundo a OCDE, 37% dos adultos portugueses têm ensino superior — em linha com os países mais desenvolvidos.
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Competência técnica: Muitos fornecedores nearshore especializam-se em tecnologias emergentes. A Syone, por exemplo, é reconhecida como Competence Center em Open Source.
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Padrões de qualidade internacionais: Certificações como ISO 9001 são comuns entre fornecedores nearshore credíveis.
O resultado? Projectos de elevada qualidade, inovação constante e expectativas superadas.
Mito #4: Só faz sentido para grandes empresas
O modelo nearshore é acessível e altamente vantajoso também para PME:
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Modelos de colaboração flexíveis: Desde projectos pontuais a equipas dedicadas, há soluções para todos os orçamentos e necessidades.
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Acesso a competências especializadas: PME podem beneficiar de skills avançadas sem suportar os custos fixos de uma equipa interna.
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Redução de custos a longo prazo: Segundo a Deloitte, 59% das empresas recorrem ao outsourcing para reduzir custos — o nearshore consegue equilibrar poupança e qualidade.
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Escalabilidade: Permite aumentar ou reduzir recursos rapidamente, conforme o crescimento ou exigências do projecto.
Checklist rápida para PME:
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Precisas de competências técnicas para um projecto curto?
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Queres escalar sem contratar?
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Tens orçamento limitado para perfis altamente qualificados?
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Valorizas flexibilidade?
Se respondeste "sim" a duas ou mais, o nearshore pode ser a estratégia certa para ti.
Mito #5: O controlo dos projectos é reduzido
Pelo contrário, o modelo nearshore pode até facilitar o controlo dos projectos:
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Ferramentas de colaboração: Jira, Trello e GitHub permitem acompanhar tarefas em tempo real.
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Metodologias ágeis: Os ciclos curtos de entrega e envolvimento frequente do cliente garantem maior previsibilidade.
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Equipas dedicadas: Funcionam como uma extensão da tua equipa interna.
Para garantir controlo:
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Define KPIs e marcos do projecto
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Agenda videochamadas regulares
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Usa plataformas partilhadas para gestão e visibilidade
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Estabelece canais de comunicação e procedimentos de escalonamento claros
Mito #6: A segurança dos dados fica comprometida
A protecção de dados é uma prioridade, e os parceiros nearshore estão muitas vezes mais bem preparados do que estruturas internas:
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Regras europeias rigorosas: Fornecedores na UE cumprem o RGPD.
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Certificações reconhecidas: ISO 27001 e outras garantem gestão de segurança da informação de alto nível.
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Tecnologia avançada: VPNs seguras, encriptação e auditorias regulares fazem parte da operação diária.
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Contratos claros: As cláusulas de confidencialidade e segurança estão sempre incluídas nos acordos nearshore.
Mito #7: O nearshore é apenas uma moda passageira
Tudo indica que o nearshore veio para ficar:
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Crescimento de mercado: Segundo a Grand View Research, o outsourcing global em IT atingirá 1,2 biliões de dólares até 2030.
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Transformação digital: O crescimento da digitalização exige recursos IT flexíveis e escaláveis.
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Parcerias estratégicas: O nearshore evoluiu de modelo táctico para relação de inovação contínua.
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Normalização do trabalho remoto: As equipas distribuídas já são o novo normal.
E no futuro próximo, o nearshore será fundamental para:
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Acelerar adopção de IA e machine learning
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Suportar práticas IT sustentáveis
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Facilitar prototipagem rápida
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Colmatar lacunas de talento em tecnologias emergentes
Conclusão: Assumir a Vantagem Nearshore
Ao desmistificar estas ideias erradas, torna-se claro que o outsourcing nearshore oferece uma combinação poderosa de qualidade, poupança e valor estratégico.
Num mundo onde o trabalho é cada vez mais distribuído, colaborativo e global, o nearshore não é apenas uma resposta ao futuro — está a moldá-lo.
Ao apostar em parcerias nearshore, posicionas o teu negócio na linha da frente da inovação, agilidade e competitividade.